A Língua nos individualiza, mas também nos identifica. É ela que nos transforma em seres do discurso, sujeitos da fala, da voz, da vida, do mundo.

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Nossos corpos são a estrutura dessa língua em sua forma mais materializada. É o primeiro texto por nós produzido, o texto que nos concretiza na sociedade e nos imprime na história.

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Caminhando por esse viés, o Língua Nua – Cores se tornou um poemário escrito com a luz e os tons dos vários corpos que o compõe.

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Corpos de seres que deixam seu legado e sua identidade no sistema heterogêneo, múltiplo e inovador, que é a língua.

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A exposição fotográfica Língua Nua - Cores, enquanto projeto, pretende trabalhar os mais recentes referenciais linguísticos que apontam para a construção de um novo discurso conceitual, estético, ético, político, que ressignifica a forma do olhar sobre a imagem, partindo da ideia de afetação e de afecção, no sentido das irregularidades como produtoras do fazer artístico do discurso imagético.

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Ou seja, é o corpo-texto como provocação do discurso responsivo, mas também do olhar crítico de quem somos nós dentro da mobilidade incessante dessa língua que nos constitui.

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